sexta-feira, 7 de maio de 2010

Parto na água


(foto do parto na água de Gabriel, filho de Nélia, nascido no Recife)


Essa matéria foi publicada na revista eletrônica Guia do Bebê, da uol, pela obstetra humanista Melania Amorim. O link está no final da postagem.

PARTO NA ÁGUA

Muito tem se debatido sobre o parto na água: é seguro? Quais as vantagens? Há
maior risco de infecção? Quais os riscos para o bebê? Existem
contra-indicações? O fato é que cada vez essa modalidade de parto tem se tornado
disponível em diversas maternidades e pode representar também uma opção para os
partos domiciliares (1).

A imersão em água durante o trabalho de parto tem sido referendada como um
método útil para o alívio da dor do parto. Uma revisão sistemática disponível na
Biblioteca Cochrane avalia a imersão em água durante o primeiro e o segundo
estágios do parto (dilatação e expulsão, respectivamente) (2). Foram incluídos
11 ensaios clínicos randomizados (ECR) , dois dos quais avaliaram a imersão em
água durante o período expulsivo. Nos ECR avaliando a imersão em água durante a
fase de dilatação, observou-se significativa redução da dor e decréscimo da
necessidade de analgesia farmacológica (peridural ou combinada). Os autores
sugerem que a imersão em água durante o primeiro estágio do parto pode ser
recomendada para parturientes de baixo-risco (2).

Nos dois ensaios clínicos avaliando o segundo estágio, ou seja, o parto
assistido na água, não houve aumento do risco de desfechos maternos e neonatais
adversos e verificou-se aumento da satisfação materna (3,4). No entanto, devido
ao pequeno número de casos (240) e ao fato de várias mulheres randomizadas para
ter parto na água na verdade pariram fora da água, não foi possível, as
informações foram limitadas e os autores da revisão sistemática comentam que as
evidências são insuficientes para recomendar ou contra-indicar o parto na água.
Um outro ensaio clínico randomizado foi publicado depois desta revisão
sistemática (5) e os seus resultados devem em breve ser incorporados, podendo
gerar novas conclusões: neste estudo, verificou-se, além da redução da
necessidade de analgésicos, menor duração do parto e redução do risco de cesárea
no grupo que teve o parto na água.
Continua no link
http://guiadobebe.uol.com.br/parto/parto_na_agua1.htm

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